quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Você acha que sabe inglês?

Faça um intercâmbio e prove para você mesmo que não sabe! Ou pelo menos não sabe falar... A gente saiu dos nossos cursos de inglês brasileiros no nível avançado, na escola ficamos no Upper Intermediate (intermediário avançado, em inglês), mas na hora de se comunicar apelamos para a mímica!
 
E por incrível que pareça, a maioria dos brasileiros vêm para a Austrália sem saber mais do que dizer o próprio nome. Por quê? Simplesmente porque temos a ilusão de que ao pisar no país estrangeiro a nossa cabeça vai estar totalmente aberta para um novo vocabulário e dezenas de novas pronúncias.
 
A Austrália, definitivamente, não é o melhor país para se aprender inglês. Afirmo isto porque, conhecendo Sydney, vejo que cada nova etnia que aqui se instalou trouxe um pouco do seu sotaque, do seu modo de se expressar. Então quando você pensa que sabe a pronúncia de tal palavra, ouve outra pessoa falando de um jeito diferente e se confunde.
 
É preciso treinar o ouvido principalmente para falar ao telefone. Coisa que deixa qualquer intercambista nervoso, uma vez que as ligações são frequentes com possíveis empregadores. Meses e meses de conversa é que podem resultar num progresso, já que anos e anos de estudo no Brasil nos proporcionaram tão somente bons conhecimentos gramaticais.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Para viver em Sydney corra atrás de job!

A menos que você tenha nascido "em berço de ouro", para sobreviver em Sydney é preciso trabalhar! Em um, dois, três jobs... (job, em inglês significa emprego), dependendo de quanto vai precisar para se manter na terceira cidade mais cara do mundo.

A diferença gritante da Austrália com o Brasil nesse sentido é que, enquanto no Brasil precisamos trabalhar um mês para receber o primeiro salário, aqui o pagamento é feito no mesmo dia. Por outro lado, no Brasil demora em torno de 30 dias para as contas começarem a chegar, já aqui elas devem ser pagas em sete dias!

Claro que exceções existem, mas não vamos nos ater a elas. O fato é que mesmo com um custo de vida alto, Sydney proporciona uma boa remuneração, mesmo para serviços desvalorizados no Brasil. Tanto é verdade que as primeiras profissões escolhidas pelos estudantes estrangeiros são com construções, faxinas e auxiliares de cozinha.

Com a gente não poderia ser diferente. O Daniel abriu os trabalhos na obra e recebeu pouco mais de AUD 18,00/hora. Eu me arrisquei como pizza maker, mas como era aprendiz (nunca tinha feito isso na vida!) recebi apenas AUD 10,00/hora. O valor médio (para estudantes) pago aqui é AUD 15,00/hora, se for converter para reais é mais do que se recebe em muito emprego no Brasil...

Atualmente estamos trabalhando em um parque de diversões aos finais de semana, e eu também faço distribuição de flyer durante a semana. O visto de estudante permite que se trabalhe 20 horas semanais, então o jeito é correr atrás, "se virar nos 30" para pagar as contas e não deixar de aproveitar tudo o que a cidade mais populosa da Austrália tem a nos oferecer.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Um mês em Sydney

Após um mês finalmente faço a minha primeira postagem Do Outro Lado do Mapa. A demora se deve às dificuldades tecnológicas, já que logo que chegamos tivemos de mandar o computador para a assistência. Enfim, para comemorar nosso primeiro mês em Sydney, listo abaixo dez coisas (lugares, aspectos, impressões, etc.)  que nos chamaram atenção neste período. Vamos a eles:

Diferenças culturais
Não chega a ser um choque cultural, mas alguns hábitos chamam a atenção. Aqui o almoço não é a principal refeição do dia, como a própria tradução para o inglês (lunch) sugere. As refeições matinal e noturna acabam tendo maior importância que o almoço, quando as pessoas normalmente comem alguma coisa pela rua mesmo. Outra diferença é a do sentido do trânsito. Por conta da influência inglesa, aqui o motorista fica do lado direito e o trânsito é invertido em relação ao do Brasil. Uma outra peculiaridade está nas relações trabalhistas, que, ao que parece até o momento, são bem mais informais que as do Brasil.

Multiculturalidade
Como uma das principais cidades do mundo, Sydney acolhe pessoas de todos os cantos do planeta. Na City (a parte central da cidade) mais se vê asiáticos do que australianos. Em nossa escola, por exemplo, temos colegas da Coréia do Sul, China, Tailândia, Nepal, etc. Quase fomos dividir apartamento com um casal de Bangladesh, mas no fim fechamos negócio com um casal da República Checa. Também é muito comum se ver indianos por aqui. Com gente de tantos lados, o melhor é saber respeitar as diferenças de cada um e aproveitar para conhecer melhor outras culturas.

Cidade subterrânea
Sydney tem uma cidade abaixo dela mesma. Na parte subterrânea do centro da metrópole australiana, é possível encontrar centenas de lojas dos mais variados segmentos. Estações de metrô, como a Town Hall, fazem com que milhares de pessoas circulem por ali. Em dias de chuva ou de vento forte, o movimento é ainda maior. A única dificuldade é se encontrar na “outra” Sydney. Muitas vezes a saída para rua é a quadras de distância do local de entrada.

Darling Harbour
No primeiro mês em Sydney ficamos hospedados em Pyrmont. Para ir até a nossa escola, localizada na City, todos os dias precisávamos passar pela Darling Harbour (foto ao lado), um dos locais mais bonitos e badalados da cidade. Lá acontece todos os sábados à noite um grande show de fogos de artifício, além de outros inúmeros eventos. Até 11 de outubro, por exemplo, está sendo realizado o International Fleet Review, em comemoração ao Centenário da Marinha Australiana.

Opera House
O principal cartão-postal de Sydney, como não poderia ser diferente, foi um dos pontos que passamos no walking tour que fizemos na primeira semana. A construção levou 14 anos para ser concluída, sendo inaugurada em 1973. Mais de 8,2 milhões de turistas visitam a Opera House a cada ano. De lá é possível avistar outro símbolo de Sydney: a Harbour Bridge.

Sydney Olympic Park
Para quem não sabe (ou não lembra) Sydney foi a sede dos Jogos Olímpicos de 2000. Após as competições, o parque olímpico continua servindo a cidade de outras formas. Estivemos lá na última quinta-feira para assistir a um show da Rihanna, na Arena Allphones (foto ao lado). Essa arena, cuja capacidade é de mais de 20 mil pessoas, sediou a final do basquete entre outras modalidades durante as Olimpíadas. Ao lado dela, fica o Estádio Olímpico (ANZ Stadium), que foi palco das cerimônias de abertura e encerramento dos jogos.

Dee Why
Localizada nas Northern Beaches, Dee Why possui boa infraestrutura e é um destino bastante procurado por brasileiros. Estivemos lá para procurar por acomodação, mas a visita valeu mesmo para conhecer as belezas de Dee Why. Para quem tem medo de tubarão, foram construídas, no lado direito da praia, piscinas utilizando a água do mar (foto ao lado). 

Maroubra
A praia, que se tornou nosso lar, estava nos planos para ser conhecida ainda no Brasil. Maroubra é menos badalada que Dee Why, mas é tão bonita quanto. Aqui se pode observar alguns hábitos praianos diferentes dos do Brasil. Há pouco lixo na areia, já que imediatamente antes da praia há um amplo espaço para churrasco (chamado barbecue por essas bandas). Nesta área, há churrasqueiras públicas e um extenso gramado que as famílias utilizam principalmente aos domingos.

Taronga Zoo
Quando se fala na Austrália logo se pensa em cangurus. E em seguida em coalas. Talvez alguns vão se lembrar dos ornitorrincos. Pois bem, todos esses animais e muitos outros podem ser observados do Taronga Zoo. Com vista para a Opera House e a Harbour Bridge, o Taronga Zoo propicia conhecer diversas espécies, mas sem poder chegar tão perto dos animais característicos do país.

Parques
Sydney tem uma relação íntima com a natureza. Em meio aos edifícios que demonstram a pujança econômica da cidade, o verde tem papel de protagonista. Toda cidade é assim, recortada por parques, praças e reservas. Na City, dois parques despontam com grande importância: o Hyde Park e o The Royal Botanic Gardens. Ao meio-dia, é um hábito as pessoas utilizarem estes espaços para fazer um lanche, além de relaxar deitando na grama à sombra das árvores.