terça-feira, 19 de novembro de 2013

Soccer na terra dos kangaroos

Jogo da seleção na maior cidade do país. Estádio em uma área central, com fácil acesso. Estreia do novo técnico. Primeiro dos amistosos preparatórios para a Copa do Mundo. Motivos para casa cheia não faltariam. Mas, aqui na Austrália, futebol perde em popularidade para esportes como rúgbi e críquete e apenas 20 mil pessoas compareceram ao Allianz Stadium para acompanhar a vitória de 1 a 0 da seleção local sobre a Costa Rica.
 
Nem por isso assistir a um jogo da seleção australiana (apelidada de Socceroos) deixa de ser uma experiência interessante. Tanto para observar a organização do evento como para as diferenças culturais da torcida durante a partida.
 
Bem, vamos começar pela facilidade na aquisição das entradas. Comprei os tíquetes pela internet, retirando-os em um estande no centro da cidade. Como forma de incentivar as pessoas a deixar os carros em casa para evitar congestionamentos, os ingressos também deram direito a transporte público gratuito no dia do jogo. E, assim, pegamos um ônibus do centro para as proximidades do Moore Park (onde fica localizado o estádio) e em cerca de vinte minutos já estávamos no local da partida. Ao final do evento, linhas específicas de ônibus foram disponibilizadas para a estação central.
 
O único porém ficou em relação às linhas regulares para outros pontos da cidade. Algumas delas, já com a lotação esgotada, não pararam para atender os torcedores. Ou seja, por melhor que seja a organização, sempre há o que melhorar, principalmente em se tratando de transporte público.
 
Nas redondezas do estádio, já foi possível começar a perceber as diferenças em relação ao Brasil. Aqui um jogo de futebol é um evento para a família toda e vai além dos 90 minutos, em especial pela sensação de segurança atualmente inimaginável em qualquer estádio brasileiro. Como na maioria dos jogos entre seleções, a torcida sempre é muito colorida. O verde e amarelo, estampado nas camisas, mantas e chapéus, faz parecer que se trata de um jogo de outro país.
 
Mas os latino-americanos neste caso eram os adversários costarriquenhos. A animada torcida caribenha teve um lugar específico no estádio, mas sem nenhuma separação em relação a dos aussie. E nem por isso houve qualquer indício de confusão. Durante o jogo, a animação da torcida local era externada basicamente por palmas em ritmo mais forte e uma que outra tentativa de entoar “olê, olê, olê”. Mas, na maior parte do tempo, o público mais lembrava o de um jogo de tênis.
 
Quanto à estrutura do Allianz Stadium, em geral é muito boa, com sinalização bem organizada, banheiros limpos, diversos bares e lanchonetes à disposição. Antes da bola rolar, um DJ tratava de entreter o público. Nos telões instalados atrás de cada goleira, lances memoráveis da seleção australiana e entrevistas pré-jogo. No intervalo, o gramado foi palco de mini-jogos para crianças e também para adultos, que, trajados com uma bola plástica transparente, mal conseguiam se manter em pé (vídeo abaixo).
 
 
 
No jogo em si, duas seleções apenas razoáveis. A Costa Rica tem um jogo de mais toque de bola, mas conseguiu ser superior apenas no início da partida. Os Socceroos têm um time de mais imposição física, apostando principalmente em lançamentos longos. Aparenta possuir menos qualidade individual que aquele time de 2006, que alcançou as oitavas de final da Copa, e também o da última copa. A expectativa é o que o coletivo cresça com o trabalho do técnico Ange Postecoglou, que estreou na noite de ontem.
 
Individualmente, destaque para dois jogadores. O atacante Robert Kruse, que no Bayer Leverkusen é utilizado como opção para o segundo tempo, é o principal jogador do ataque. O veterano Tim Cahill, que já foi destaque do Everton na Premier League e atualmente joga a MLS pelo New York Red Bulls, é o idolo local. O meia de 33 anos entrou no segundo tempo e marcou de cabeça o único gol da partida.
 
Tanto os Socceroos como a Costa Rica estão classificadas para a Copa do Mundo de 2014, mas, pelo que se percebe até o momento, dificilmente passarão para a segunda fase. A expectativa maior é para janeiro de 2015, quando a Austrália sediará a Copa da Ásia e, aí sim, terá chances de conquista de título.

sábado, 16 de novembro de 2013

Canguru: o animal-símbolo da Austrália

Não é à toa que a Austrália é conhecida como a Terra dos Cangurus. Estes adoráveis animais, que carregam os filhotes em uma bolsa na barriga (chamada marsúpio), são o símbolo do país. Assim, quando aterrissamos do outro lado do mapa, o nosso primeiro desejo era conhecer um Kangaroo!
 
 
Melhor do que isso, acariciar os bichinhos e tirar muitas fotos com eles. E isto é possível num lugar chamado Morisset Park, em Sydney. Para chegar lá, basta pegar um trem da Central Station, na City, e viajar por duas horas. Depois disso, mais quatro quilômetros, que podem ser percorridos a pé ou de táxi.
  
Ao chegar no parque, a surpresa. Porque a gente sabe que vai encontrar cangurus, mas não imagina uma recepção tão calorosa e... faminta! Ainda bem que a comida que eles querem não é você. Interesseiros, eles conquistam a amizade porque estão enjoados de comer plantas e sentiram cheiro de lanche.
 
 
 
O ideal é não alimentá-los. Eles sobrevivem sem pão. O que você pode fazer é enganá-los, esticando o braço e, então eles vão até você. Cuidado com os arranhões e não se assuste quando eles ficarem de pé, pois a altura dos marsupiais varia de 80 centímetros a 1,60 metros.
 
O parque é aberto, ou seja, a entrada não tem custo. E pode ser visitado em qualquer horário. O local conta com lago e área para piquenique. O difícil é conseguir comer com cangurus e seus filhotes por todos os lados (risos). Confiram as fotos do passeio, que consideramos essencial, para quem quer de fato se sentir na Austrália.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Circuito Bondi Beach-Coogee (Maroubra)

Uma das características de Sydney é a possibilidade de se conhecer vários pontos da cidade a pé. Um dos circuitos mais bonitos (e, claro, mais procurado por turistas) é o Coogee-Bondi Beach, que, na verdade, começa em Maroubra. No trajeto, algumas das praias mais belas da região, como Clovelly e Bronte.
 
Para quem não quer caminhar os nove quilômetros do circuito, a opção é dividi-lo em dois, assim como fizemos. Na primeira etapa, pegamos um ônibus de Maroubra (onde moramos) para Coogee. De lá, dez minutos de caminhada e chegamos a primeira parada: Gordons Bay. Esse ponto é conhecido como um dos melhores para mergulho em Sydney, tanto em profundidade como com snorkel.
 
Continuando o trajeto, mais vinte minutos e se chega em Clovelly. A praia parece mais uma grande piscina, devido à estreita baía que se forma em meio a dois cumes rochosos. Um quebra-mar proporciona proteção e cria um ambiente calmo para natação e snorkel. Para quem quer fazer o circuito todo em um dia, a partir de Clovelly são cerca de 50 minutos até Bronte.
 
Optamos por conhecer esses lugares com mais calma e retomamos o circuito em outro dia, iniciando diretamente de Bronte (foto ao lado). Com boa estrutura, vistas exuberantes, piscina natural e piscina para natação, elegemos Bronte como a mais bonita praia do circuito.
 
A parada seguinte é em Tamarama, a dez minutos de a pé. Pequena, é conhecida por ser frequentada por pessoas famosas. Logo ao lado de Tamarama, encontra-se a Mackenzies Bay. Um pequeno ponto, praticamente somente formado somente por rochas e que apresenta boas ondas para surfe.
 
Mais vinte minutos de caminhada e enfim se chega a Bondi Beach. Com estrutura digna de cidade grande, Bondi Beach é uma das maiores e mais badaladas praias de Sydney.
 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Renovar ou não o visto - dúvida cruel!

Engana-se aquele que pensa que quem mora em país de Primeiro Mundo não passa por dificuldades. Até que você consiga atingir a tão almejada estabilidade, elas vão existir sim, e aos montes.
 
Do ponto de vista de um intercambista, a primeira grande dificuldade é a financeira. Despesas com acomodação, transporte, alimentação, vestuário, estudo e lazer são constante motivo de preocupação.
 
Ao mesmo tempo em que são percebidas tantas vantagens na Austrália com relação ao Brasil, se compara frequentemente a diferença no custo de vida. E então começam a aparecer as dúvidas: renovar o visto ou voltar?
 
Viajar para o outro lado do mapa e passar somente 4 meses e meio parece pouco tempo para tão alto investimento; mas e todo o conforto e comodidade que se tem no país de origem, como o de não precisar dividir casa com estranhos?
 
Prós e contras. Todo lugar vai ter. Para driblar tantas dúvidas é preciso reavaliar os objetivos e finalmente tomar a decisão. Por enquanto estamos no processo de avaliação.